Este é um blog sobre direitos animais e veganismo, abordados a partir da experiência de quem não sabia quase nada a respeito até o dia em que.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Revendo números


Matéria na Folha Online relata que um estudo do World Watch Institute sobre o impacto da pecuária no aquecimento global coloca os números do estudo anterior da FAO sobre o mesmo tema como "extremamente subestimados". Segundo seus autores, Robert Goodland e Jeff Anhang, todo o aparato relacionado à criação e consumo de animais e derivados na alimentação humana é responsável por nada menos que 51% das emissões de gases de efeito estufa.

A solução apontada pelo estudo para reverter essa situação é a substituição dos alimentos de origem animal pelos de origem vegetal. Aplicar métodos alternativos na criação de animais e produção de seus derivados não teria efeitos significativos.

Hmm... alguém falou a palavra "veganismo" aí?

Claro, veganismo pressupõe o entendimento da vida animal como merecedora da mesma consideração ética que temos (que devemos ter) pela vida humana. Portanto, ainda que os recursos do planeta fossem inesgotáveis (como parecem crer todos os que almejam uma curva sempre ascendente de crescimento econômico), ainda que os pastos fossem infinitos, ainda que o metano expelido pelos animais de criação não impactasse em nada o equilíbrio climático da Terra, ainda assim deveríamos nos tornar veganos. Devemos caminhar nesse sentido, por ética, por coerência, por compreensão, por obrigação: sermos a espécie mais poderosa implica responsabilidades que vão além do nosso bem-estar imediato. De qualquer maneira, ainda que pela via transversa da tentativa de salvarmos apenas nosso querido pescocinho, um mundo sem alimentação ou consumo de produtos de origem animal não só acaba salvando algumas vítimas do confinamento e do abatedouro, mas preserva um meio ambiente cuja integralidade é de interesse de todas as espécies.

Então, que sejam bem-vindos os vegetarianos ou veganos de última hora. Só não esqueçamos, uma vez garantido o abandono do bife, de lembrá-los de que ao passarmos por este planeta podemos, devemos, pensar mais além do próprio pescoço.


PS: essa situação me lembra os outros números relativos ao aquecimento global, que acabam sendo substituídos por números piores sempre antes do previsto. Algo me diz que quando chegarem os números corretos a água já vai estar batendo na bunda. Mas isso é porque eu sou otimista.

PS 2: é, estou um pouco amargo com o fracasso de Copenhague.



[ na ilustração, "A Grande Onda de Kanagawa", xilogravura de Katsushika Hokusai (entre 1829-1832); a matéria da Folha Online sobre o assunto você pode ver aqui; o pdf com o estudo do World Watch Institute você vê aqui; o da FAO já foi assunto de post anterior, aqui ]

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Os incríveis

Matéria do Jornal Nacional de ontem celebra o experimento, feito por cientistas americanos, de implante de um chip no cérebro de macacos que conseguiram mover um braço robótico "com a força do pensamento".

Veja aqui a reportagem, cujo tom empolgado com o incrível avanço científico acompanhou a cena compartilhada por milhões de espectadores.

O macaco está imobilizado, sedento, confinado num ambiente artificial, condenado a estar vivo para viver uma vida que não lhe pertence. O macaco é capaz de pensar, e exatamente por essa razão é escolhido e forçado a uma experiência que pouco se importa com o que ele pensa disso. O turbante improvisado que lhe colocaram, para esconder o crânio aberto dos estômagos mais sensíveis, é a cereja do bolo da cena horrorosa.

E então celebramos, pois somos incríveis. Somos realmente incríveis.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Da natureza não natural

Já comentei num post anterior a respeito das considerações de Pasolini sobre Jasão, no seu filme Medeia, em que o cineasta salienta a trajetória do personagem como a passagem da percepção mágica da natureza (e do mundo) para uma abordagem pragmática. Uma trajetória que é a da mentalidade ocidental. A civilização mesma como processo de afastamento do mágico, e isso é um pouco mais do que a simples tentativa de racionalização do mágico. Nossa história civilizatória tem sido a da alienação dos aspectos sagrados, inalcançáveis e autodeterminados daquilo que, quanto mais alienado, mais passa a parecer como realidade externa e independente, a Natureza em si. Se foi pela cultura que atribuímos magia à realidade, foi também pela cultura que acabamos atribuindo naturalidade à natureza, e de tal maneira que esta passou a ser considerada a tabula rasa, um mero cenário a partir do qual e sobre o qual atuar, um ajuntamento de dados factuais que constituem a realidade física.

A ideia de um "estado natural" de qualidades neutras, preexistente e pré-cultural, sobre o qual podemos construir nosso pensamento é, de saída, um equívoco. Fora da cultura, a natureza é continuidade, e não recorte observável, nem cenário possível. Dentro da cultura, toda natureza será necessariamente concebida sob limitações culturais.

É incrível que a evocação de uma natureza anterior a toda cultura às vezes seja justamente a arma escolhida para defender expressões da própria cultura. Assim, é lugar-comum, por exemplo, você ouvir argumentos científicos que buscam provar que o homem é naturalmente onívoro (querendo mesmo defender que é carnívoro). E também outros tantos tentando provar o contrário. Aí temos o quadro engraçadíssimo do sujeito que estufa o peito cheio de razão e se prepara para traçar sua picanha, repare bem, uma vez que afirma culturalmente que não come culturalmente, apenas segue a natureza. Para ele, obter nutrientes da carne de vaca é uma bem-vinda condenação biológica. Exibe, convencido, seus caninos como a prova irrefutável disso. A natureza, é claro, não o manda comer ninguém da sua espécie, ou cachorros, ou cobras, ou porquinhos-da-índia. A natureza deixou essa parte para selvagens canibais perdidos nas brumas do tempo e alguns povos exóticos do Oriente ou dos Andes. Numa diferenciação que há de ser evolutiva, valha-nos Darwin, a natureza — e só ela, estamos acertados — adaptou nosso picanheiro a alimentar-se em churrascarias-rodízio. Pretendendo-se alheio a qualquer cultura nessa hora de pulsão alvoroçada de seus genes, ele pergunta, por puro instinto, ao garçom: "Tem javali?"

Pena que nosso amigo esqueceu-se de lembrar que caninos não são necessários quando se come carne de garfo e faca. No seu oposto, talvez encontremos uma gentil criatura vociferando que não podemos em absoluto comer nenhuma carne por causa do comprimento dos nossos intestinos. Sejamos justos: eis aqui um argumento de peso equivalente ao canino de qualquer um. Mas, cá entre nós, acho mesmo que, noves fora, nesse caso os talheres são evidência antropológica do que somos e como agimos muito mais importante do que a conformação dos nossos dentes ou intestinos.

[ na ilustração, garfo e faca da Tramontina, linha "Churrasco – Tradicional", mas que, tenho certeza, você pode usar para comer qualquer outro tipo de coisa, naturalmente ]

domingo, 18 de janeiro de 2009

Um herói contemporâneo

Assisti incrédulo à matéria do Jornal da Globo do último dia 15 sobre o pouso de emergência do airbus da US Airways no rio Hudson, em Nova Iorque. Siga o link e confira o vídeo: são exatos 6 min 42 s, dos quais os últimos 2 min e quase 20 s são dedicados integralmente a destacar o heroísmo do piloto. Esse tempo foi recheado dos seguintes termos: "competência", "habilidade do profissional", "currículo", "homem ideal", "performance", "alta performance", "empresa", "empreendorismo", entre outros. "Heroico" e "herói" aparecem quatro vezes ao longo da matéria.

Conforme os minutos passavam e o assunto não saía do lugar, fui me sentindo mais e mais deslocado daquilo tudo, da abordagem, da excitação com o fato, do vocabulário utilizado. Com a menção a "currículo" percebi que havia algo realmente fora do tom. William Waack conversava com o correspondente Rodrigo Alvarez e ambos diziam ter consultado o currículo do piloto. Dezenove mil horas de voo. Foi piloto de caças. Foi presidente da Associação dos Pilotos de Linhas Aéreas (ohhhhhhh...). Tem uma empresa especializada em segurança aérea. Enfim, o homem certo na situação certa. E então veio o comentário de que a empresa do piloto, com sede na Califórnia, terra do "empreendorismo", agora iria certamente "bombar".

Hein?

Se a busca da raiz do alegado heroísmo do sujeito no seu currículo já parecera estranha o suficiente, a previsão de sucesso empresarial como decorrência do pouso bem-sucedido coroou de vez o que percebi como uma bizarra manobra: as qualidades do herói foram deslocadas da esfera da moral para a da performance.

Mas agora me diz: o que a palavra "herói" evoca em você?

Aqui cá comigo, as primeiras associações são: "coragem", "risco" e, sobretudo, "sacrifício". Mestre Houaiss me ajuda, acrescentando "tenacidade", "abnegação", "magnanimidade" e "indivíduo [...] que arrisca a vida em benefício de outrem". E, por último, "indivíduo [...] notabilizado por suas realizações/que desperta enorme admiração; ídolo".

Acho que não erro e mesmo faço apenas chover no molhado ao entender a sociedade estadunidense como mais idólatra que a brasileira. O elogio permanente ao indivíduo "que faz" é uma característica bastante evidente por lá, então a associação entre "ídolo" e "herói" é pelo menos previsível em se tratando dos Estados Unidos. E tem também o impacto emocional daquilo que acontece no quintal da sua casa, colorindo adjetivos e mobilizando admirações. Quero dizer que não me espantaria se em vez do Jornal da Globo estivesse assistindo à CNN. Só para comparar, olha o que diz, por exemplo, o Le Monde:

"A foto do piloto, Chesley Sullenberger, de 57 anos, foi divulgada repetidamente nas redes de televisão americanas, e o prefeito de Nova Iorque louvou seu heroísmo e seu profissionalismo. [...] O presidente americano George W. Bush por sua vez louvou 'a habilidade e o heroísmo da tripulação'. Segundo o New York Daily News, que deu a manchete 'Os heróis do Hudson' no seu site, o homem é um veterano da Força Aérea americana."

Ou seja, o jornal reporta a atribuição de heroísmo pela população local, mas não fica endossando essa atribuição. O que me parece muitíssimo mais adequado do que a longa matéria do Jornal da Globo, que nada mais fez a não ser ecoar sem qualquer filtragem a mídia estadunidense, como se o pouso de emergência tivesse ocorrido no Tietê, com Lili Marinho a bordo... Acompanhei com atenção o Jornal Hoje, da mesma Globo, do dia seguinte só pra confirmar idêntica postura editorial. Com nenhum morto e quatro atendimentos hospitalares somente por hipotermia e não pelo pouso em si, foi o "heroísmo competente" do piloto que pautou as duas matérias (aqui e aqui), novamente ultrapassando, juntas, os 6 min. Se é assim com a principal rede de televisão do país, tenho certeza que esse episódio vai virar um "case de sucesso" nas palestras motivacionais sobre administração e gerenciamento por aí. Alguém tem uma máscara de oxigênio extra, por favor?

Devo estar velho, mais chato e ranzinza do que de costume, mas um piloto altamente treinado em situações de emergência que acaba por colocar em prática todo o seu treinamento não me faz levantar as sobrancelhas. O cara foi craque, foi fera, foi braço, sim. É o primeiro pouso de emergência na água em 50 anos sem nenhuma vítima. Que bom que o treinamento, que a especialização do piloto pôde dar conta da situação de alto risco e salvar 155 vidas. Técnica apurada, perícia, sangue frio. Uhu. Mas sou do tempo em que alta performance e currículo adequado não eram os ingredientes básicos daquilo que reconhecemos como heroísmo, então só consigo achar tudo isso muito fora de lugar. Deslocam-se as qualidades do herói, desloco-me para um estado em suspensão, assistindo a tudo sem conseguir acreditar que é essa a língua que está sendo falada. Ando também mais sensível, pois a situação em Gaza é o cenário dos últimos tempos do qual não consigo me afastar, e a partir de onde olho para as coisas cotidianas e só me sobra o espanto ao assistir a bizarrices como as do Jornal da Globo. Que, por sinal, nessa mesma edição dedicou 3 min 1 s à matéria que cobriu o bombardeio israelense às instalações da ONU, de um hospital e dos locais onde trabalhava a imprensa em Gaza. Menos da metade do tempo utilizado para cobrir o pouso forçado no Hudson. E de um jornalismo tão vagabundo que esses 3 min não valem 10 s de informação consistente.


[ a imagem é a estampa da camiseta "Cher Guevara"; só pra constar: apesar de velho, chato e ranzinza, eu morri de rir outro dia quando topei por acaso com ela na Internet ]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Boicote a Israel

Vários blogs já repercutiram o artigo de Naomi Klein no The Nation, publicado no último dia 7, em que ela defende a ideia de boicote aos produtos israelenses como forma de pressão mundial contra os crimes do Estado de Israel. Ali fiquei sabendo da existência do Global BDS Movement – Boycott, Divestment and Sanctions for Palestine, movimento que desde 2005 congrega várias organizações palestinas na divulgação e defesa de ações de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel.

Naomi Klein afirma que Israel precisa tornar-se um alvo da repreensão mundial, a exemplo do que aconteceu com a África do Sul dos tempos do apartheid, e não imagino melhor colocação do que essa no que diz respeito à condenação moral que desejamos expressar como indivíduos que compartilham a mesma indignação. Condenações legais efetivas, via ONU – Corte Internacional de Justiça, parecem ainda um desejo protelado para o dia em que o arranjo de forças mundiais esteja completamente redesenhado. Enquanto isso, podemos nos juntar aos que já estão em plena campanha, boicotando produtos (comerciais, culturais, etc.) israelenses e divulgando essa ideia. Um exemplo tocante vem "de dentro": Klein cita a carta assinada por cerca de 500 cidadãos israelenses judeus (entre os quais dúzias de artistas e acadêmicos conhecidos) e destinada aos embaixadores estrangeiros em Israel, que pede ao mundo que adote imediatamente medidas restritivas e sanções, explicitamente fazendo um paralelo com a luta pelo fim do apartheid sul-africano. Quanto ao boicote comercial, não sei exatamente quais produtos chegam às lojas brasileiras, mas um dado importante é o seguinte: para driblar o boicote, algumas empresas não colocam o made in Israel no que produzem. Um drible que pode ser desarmado, pois todo código de barras inicia pela identificação do país de origem através dos três primeiros algarismos. O código de Israel é 729.

Os veganos estamos tão acostumados a debulhar informações nos rótulos que prestar atenção a mais esse detalhe é moleza. É bom também que você avise ao comerciante que está desistindo do produto tal por causa da origem israelense. Então anote: 729, e passe a informação adiante.

domingo, 11 de janeiro de 2009

As blindagens

Li no RS Urgente sobre o excelente artigo escrito pelo jornalista inglês Robert Fisk para o The Independent, que depois descobri, pelo O Biscoito Fino e a Massa, estar traduzido no blog Amálgama. Recomendo a leitura: Fisk fala das comparações utilizadas como argumento pró-Israel, recorrentes pelo mundo afora e caracteristicamente estúpidas e parciais (do tipo imagine-se como israelense sob foguetes Qassam, mas não ouse imaginar-se como palestino sob o pesado bombardeio de Israel), e termina o texto narrando um debate do qual participou em que o oposto disso, a recusa da possibilidade de comparação, toma as vezes de argumento. Reproduzo abaixo:

"Meu momento preferido aconteceu quando eu disse que jornalistas têm de ter lado, e que o lado dos jornalistas têm de ser o lado dos que mais sofrem. Se me mandassem cobrir o tráfico de escravos no século 18, eu jamais daria destaque, no que escrevesse, à opinião do capitão do navio mercador de escravos. Se me mandassem cobrir a libertação num campo de concentração nazista, eu não entrevistaria o porta-voz da SS. Nesse ponto, um jornalista do Jewish Telegraph em Praga 'argumentou' que 'o exército israelense não é Hitler'. Claro que não. Eu não disse que é."

A atuação historicamente criminosa do Estado de Israel sobre a população palestina suscita merecidamente várias comparações, da África do Sul do apartheid à Alemanha nazista, ainda que Gaza não seja nem Soweto nem o Gueto de Varsóvia. O sofrimento aparece onde surge a agressão, a opressão, a dor, a morte. A constatação da existência do sofrimento deve ser buscada na vítima, e nunca na intenção ou no discurso do agressor. Ou no seu uniforme, na língua que fala, na religião que professa, na sua circunstância histórica. Responder à denúncia da violência através da lógica do agressor é só dar continuidade à agressão cometida. Os partidários da política de ocupação e extermínio do Estado de Israel tratam de desqualificar qualquer comparação com outros agressores históricos pela blindagem dos fatos dentro da sua lógica "nós somos – sempre – apenas as vítimas". Por acaso Barak e Ohlmert são nazistas? Evidente que não: logo, não há lugar para as bombas de fósforo branco se não na categoria "autodefesa". Qualquer outra consideração está de saída condenada a ser ofensiva e vergonhosa prova de antissemitismo. E jamais são trazidos à cena, como se nunca houvessem existido, os cidadãos israelenses judeus que são contra a ação do seu governo (essa brava e tão admirável gente).

Comparações podem e devem ser feitas e esmiuçadas, sem parcialidade e sem blindagem, até que se esgotem por inapropriadas ou se revelem pontos de apoio consistentes para que compreendamos o que ainda não foi compreendido. Mal comparar ou não permitir comparar são as duas faces da mesma moeda de negação dos fatos, que o artigo de Fisk tão bem elucida.

Não há como olhar para qualquer desses massacres deliberados, friamente arquitetados, sem fazer uma comparação com o holocausto diário que os humanos inflingimos aos animais. Olho para Gaza e lembro dos aviários, dos abatedouros, das fazendas de pele, do confinamento das linhas de produção da indústria de exploração animal. Aqui só se ofende com a comparação quem estabelece a diferença entre espécies como a blindagem adequada para escapar dessa discussão. É uma blindagem de fato eficaz, basta olharmos para os números do contador que o blog mantém logo ali acima à esquerda. Eficaz, mas nem por isso livre de buracos de incoerência e inconsistência lógica. Sem hesitação dizemos que os habitantes de Gaza estão "enjaulados como animais", numa comparação óbvia e inquestionável, mas não nos permitimos entender que por sua vez os animais enjaulados sofrem, no mínimo, como sofre hoje a população de Gaza.

Sim, os palestinos de Gaza não são iguais a animais. Mas eu não disse que são.

[ a primeira foto mostra os "alojamentos" no campo nazista de Birkenau; a segunda mostra um aviário. ]

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Todos ao Biscoito!

Já disse aqui que O Biscoito Fino e a Massa é o meu blog favorito, e volto a falar dele para recomendá-lo ainda mais nestes dias terríveis em que a criminalidade do Estado de Israel nos desafia a encontrar as palavras certas para o aparentemente inominável. Mas todo crime tem nome, sim, e Idelber Avelar está fazendo um trabalho extraordinário de opinião, informação e compilação sobre os horrores por que passa a população palestina, fundamental para que atravessemos a barreira espessa criada e mantida, mais ou menos intencionalmente, pela grande imprensa em sua quase totalidade.
A Internet mostra o que tem de melhor em momentos assim, e o Biscoito entra em ação de maneira irretocavelmente admirável. Muitíssimo obrigado, Idelber.

[ O Biscoito Fino e a Massa está concorrendo a melhor blog de política no Best Blogs Brazil 2008, e você pode votar aqui. Eu já votei. (Foto: Gaza, REUTERS/Yannis Behrakis) ]