
Ainda que animais não-humanos sejam de fato diferentes de nós, os animais humanos, as semelhanças também existem. Claro, a insistência na terminologia "animais humanos e não-humanos" é só para que não esqueçamos o óbvio: a massa de indivíduos de várias espécies com quem compartilhamos nossa existência neste planeta tem muito a ver conosco, desde um parente mais distante, como um mosquito, até o nosso irmão praticamente gêmeo, o chimpanzé. Sabemos instintivamente (como bons animais) disso; sabemos disso também (como bons humanos) através da ciência. Aliás, quanto mais pesquisamos sobre alguns desses parentes, mais descobrimos complexidades que os aproximam de tudo o que julgamos mais caro a respeito de nós mesmos. Até capacidade de altruísmo alguns animais demostram ter, imagina só!
Mesmo assim, as analogias usadas na defesa dos direitos animais nem sempre se baseiam só nessas semelhanças, mas também em outras. Se animais e humanos continuam parecendo irremediavelmente diferentes para você, pense por um outro ângulo: afinal de contas, o que têm em comum um escravo, ou uma mulher oprimida, e um animal subjugado ao interesse humano que possa legitimar essas analogias?
A resposta é simples: são vítimas diferentes de um mesmo tipo de algoz: o sujeito que julga ser seu dono. E esse sujeito é tão próximo, mas tão próximo, que podemos discutir suas ações até colocá-las do avesso, sabendo que isso tem, sem dúvida e sempre, o maior cabimento.
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