Este é um blog sobre direitos animais e veganismo, abordados a partir da experiência de quem não sabia quase nada a respeito até o dia em que.
sábado, 9 de janeiro de 2010
Não à tortura, não ao silêncio
A Associação Juízes para a Democracia organiza um abaixo-assinado ao Supremo Tribunal Federal com um manifesto pela não aplicação da Lei de Anistia aos torturadores da ditadura militar de 1964-1985, conforme arguição da OAB, nos seguinte termos:
"Eminentes Ministros do STF: está nas mãos dos senhores um julgamento de importância histórica para o futuro do Brasil como Estado Democrático de Direito, tendo em vista o julgamento da ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 153, proposta em outubro de 2008 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que requer que a Corte Suprema interprete o artigo 1º da Lei da Anistia e declare que ela não se aplica aos crimes comuns praticados pelos agentes da repressão contra os seus opositores políticos, durante o regime militar, pois eles não cometeram crimes políticos e nem conexos.
Tortura, assassinato e desaparecimento forçado são crimes de lesa-humanidade, portanto não podem ser objeto de anistia ou auto-anistia. [...]"
A violência deve ser reconhecida para ser repudiada onde quer que se manifeste, especialmente quando disfarçada pelo hábito cego, justificada pelo injustificável ou amparada pela vagueza da lei.
O abaixo-assinado já conta com mais de 11 mil assinaturas. Assine também, aqui.
[ na ilustração do post, a cena do suposto "suicídio" do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado pelo DOI-Codi em 1975. (foto: Agência Estado) ]
sábado, 2 de janeiro de 2010
Adeus, Orkut
Encerrei minha conta no Orkut, um espaço no qual entrei com as minhas próprias perninhas e onde praticamente não fiz nada mais do que me atrapalhar com a sua utilização.
Em março de 2009 comecei a escrever uma postagem que pretendia, principalmente, dar um retorno a Mary Lys, que por causa do blog havia me convidado a participar de uma comunidade orkutiana para debater vegetarianismo/veganismo. Como em tudo mais com que travei contato no Orkut, não rolou. Mezzo pela minha incompatibilidade com o meio, mezzo pela dinâmica específica da comunidade.
Não consegui dar por terminado o texto da postagem e ela ficou guardada como rascunho, o que sempre me deixou contrariado porque eu realmente queria dar uma satisfação pública ao convite recebido. Então, conta no Orkut encerrada e dentro do espírito de "limpar as gavetas" para o ano novo, resolvi publicar o rascunho exatamente como ele ficou. Falta uma finalização, e no fundo é isso mesmo: é o melhor retrato da minha dificuldade com esse assunto.
Portanto, ao que importa: Mary Lys, obrigadíssimo, mas não consegui.
Debates vegetarianos
É o nome da comunidade no Orkut para a qual fui gentilmente convidado pela Mary Lys, na época moderadora lá (atualmente é a dona da comunidade).
Tenho uma dificuldade com o Orkut que já deveria ter resultado na eliminação do meu perfil há muito tempo: eu simplesmente não fico à vontade com o uso, deixo de checar recados, esqueço de entrar nas poucas comunidades em que estou inscrito... enfim, tem alguma coisa no formato que me afasta dele. Melhor seria apagar o perfil e ir fazer outra coisa, mas com uma pequena rede de amigos já estabelecida, acabo adiando a saída para mais adiante.
Aí a Mary Lys me convidou e eu me inscrevi na Debates Vegetarianos. O nome anterior da comunidade era "Pérolas Carniceiras", e pelo que entendi era uma resposta a uma outra comunidade, chamada "Pérolas Vegetarianas/Vegan", que se descreve assim: "Pq os vegans tem mania de disseminar tanta besteira e informações falsas pela internet? Se for por falta de informação, essa comunidade vai ajudar a desvendar tanta besteira postada por aí."
O esforço para mudar o nome (a dona anterior da comunidade não estava muito inclinada a fazê-lo) era consequência de um esforço maior, o de qualificar o debate. Além da atuação da Mary há os moderadores, e basta dar uma olhada rápida pelos tópicos para comprovar que o pessoal realmente trabalha muito lá. Enfim, o pacote completo: boa-vontade, dedicação, disponibilidade, empenho, motivação correta. Tudo no lugar certo.
Entrei a primeira vez, dei uma geral, saí. Entrei uma segunda vez, li mais coisas, os dedos começaram a coçar sobre o teclado, mas, antes de escrever, saí. E foi assim de novo, e depois de novo, e tem sido assim sempre. Tento, mas até agora não postei uma vírgula sequer. Amarelei total. Que coisa mais esquisita.
Há debatedores cativos por lá. E a esta altura já definidos com seus papéis e estilos de intervenção. O debate segue, mas de alguma maneira é como se não houvesse debate algum, e aqui me refiro especificamente às réplicas que os cativos fazem uns aos outros. A comunidade, no todo, é mais dinâmica do que as trocas entre esses veteranos, novas pessoas entram e se informam, tentam contribuir com um dado ou outro, normal. Mas é só você visitar um segundo tópico para encontrar de novo as mesmas quatro ou cinco pessoas, basicamente com os mesmos argumentos sendo repetidos. A moderação tem trabalho porque os ânimos com frequência se exaltam. Então dá uma sensação de circularidade: um assunto é proposto, aí replicado, depois vem a tréplica, os termos começam a ficar ásperos, os moderadores entram, a exaltação baixa e ficamos assim até que surja outro tópico.
Em março de 2009 comecei a escrever uma postagem que pretendia, principalmente, dar um retorno a Mary Lys, que por causa do blog havia me convidado a participar de uma comunidade orkutiana para debater vegetarianismo/veganismo. Como em tudo mais com que travei contato no Orkut, não rolou. Mezzo pela minha incompatibilidade com o meio, mezzo pela dinâmica específica da comunidade.
Não consegui dar por terminado o texto da postagem e ela ficou guardada como rascunho, o que sempre me deixou contrariado porque eu realmente queria dar uma satisfação pública ao convite recebido. Então, conta no Orkut encerrada e dentro do espírito de "limpar as gavetas" para o ano novo, resolvi publicar o rascunho exatamente como ele ficou. Falta uma finalização, e no fundo é isso mesmo: é o melhor retrato da minha dificuldade com esse assunto.
Portanto, ao que importa: Mary Lys, obrigadíssimo, mas não consegui.
Debates vegetarianos
É o nome da comunidade no Orkut para a qual fui gentilmente convidado pela Mary Lys, na época moderadora lá (atualmente é a dona da comunidade).
Tenho uma dificuldade com o Orkut que já deveria ter resultado na eliminação do meu perfil há muito tempo: eu simplesmente não fico à vontade com o uso, deixo de checar recados, esqueço de entrar nas poucas comunidades em que estou inscrito... enfim, tem alguma coisa no formato que me afasta dele. Melhor seria apagar o perfil e ir fazer outra coisa, mas com uma pequena rede de amigos já estabelecida, acabo adiando a saída para mais adiante.
Aí a Mary Lys me convidou e eu me inscrevi na Debates Vegetarianos. O nome anterior da comunidade era "Pérolas Carniceiras", e pelo que entendi era uma resposta a uma outra comunidade, chamada "Pérolas Vegetarianas/Vegan", que se descreve assim: "Pq os vegans tem mania de disseminar tanta besteira e informações falsas pela internet? Se for por falta de informação, essa comunidade vai ajudar a desvendar tanta besteira postada por aí."
O esforço para mudar o nome (a dona anterior da comunidade não estava muito inclinada a fazê-lo) era consequência de um esforço maior, o de qualificar o debate. Além da atuação da Mary há os moderadores, e basta dar uma olhada rápida pelos tópicos para comprovar que o pessoal realmente trabalha muito lá. Enfim, o pacote completo: boa-vontade, dedicação, disponibilidade, empenho, motivação correta. Tudo no lugar certo.
Entrei a primeira vez, dei uma geral, saí. Entrei uma segunda vez, li mais coisas, os dedos começaram a coçar sobre o teclado, mas, antes de escrever, saí. E foi assim de novo, e depois de novo, e tem sido assim sempre. Tento, mas até agora não postei uma vírgula sequer. Amarelei total. Que coisa mais esquisita.
Há debatedores cativos por lá. E a esta altura já definidos com seus papéis e estilos de intervenção. O debate segue, mas de alguma maneira é como se não houvesse debate algum, e aqui me refiro especificamente às réplicas que os cativos fazem uns aos outros. A comunidade, no todo, é mais dinâmica do que as trocas entre esses veteranos, novas pessoas entram e se informam, tentam contribuir com um dado ou outro, normal. Mas é só você visitar um segundo tópico para encontrar de novo as mesmas quatro ou cinco pessoas, basicamente com os mesmos argumentos sendo repetidos. A moderação tem trabalho porque os ânimos com frequência se exaltam. Então dá uma sensação de circularidade: um assunto é proposto, aí replicado, depois vem a tréplica, os termos começam a ficar ásperos, os moderadores entram, a exaltação baixa e ficamos assim até que surja outro tópico.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
2010
Feliz Ano Novo!
Que em 2010 possamos viver menos autocentrados e desenvolver mais consciência, mais sentido de responsabilidade e, sobretudo, mais compaixão. Por todos os seres.
[ sobre a ilustração: porcos são lembrados para a ceia de Ano Novo porque "fuçam para frente". Me permito acrescentar: especialmente se estiverem vivos e livres. (Imagem: Reuters) ]
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